Presidente criticou prisão de Julian Assange, que foi libertado na quinta.
"Recebo ameaças a todo momento", disse em entrevista ao jornal "El País".
Do G1, em São PauloEm entrevista ao jornal espanhol “El País”, o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, agradeceu o apoio que recebeu de líderes da América do Sul e da Austrália, “em especial” ao presidente Lula, que criticou sua prisão em discurso no Planalto.
“[Lula] é um caso especial, porque está deixando o cargo, e isso lhe permite ser mais direto do que havia sido. Já não tem que prestar nenhuma lealdade aos Estados Unidos”, disse Assange ao diário espanhol.
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, dá entrevista nesta sexta-feira (17) em Suffolk, em frente à casa em que está hospedado. (Foto: AFP)
O fundador do Wikileaks, que responde a duas acusações de crimes sexuais na Suécia e deixou a prisão em Londres na última quinta-feira, contou como se sente agora cumprindo a pena de liberdade condicional na mansão do apoiador Vaughan Smith, nas cercanias de Londres.
Assange também contou receber ameaças de morte constantemente, principalmente dos Estados Unidos, após o site ter iniciado a divulgação de mais de 250 mil mensagens da diplomacia americana.
"Recebo ameaças a todo momento. Meu advogado as recebe, meu filhos também", disse o fundador do WikiLeaks. Questionado de onde procediam as ameaças, disse: "A maioria parecem vir de membros das Forças Armadas dos Estados Unidos."
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