terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Vítmas da tragédia na serra fluminensecomeçam a receber Aluguel Social nesta terça-feira

Do R7 | 15/02/2011 às 08h16
 
O secretário de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Rodrigo Neves, anunciou que a primeira parcela do Aluguel Social será paga nesta terça-feira (15) às vítimas das fortes chuvas que atingiram a região serrana do Estado do Rio de Janeiro no mês passado.

O cronograma de pagamento começa com as famílias que têm cartão do programa Bolsa Família. A partir do dia 24, o auxílio será pago para aquelas que abriram conta simplificada específica para esse fim na Caixa Econômica Federal.

O aluguel vai beneficiar 7.000 famílias das sete cidades atingidas pelas chuvas - Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Areal, Bom Jardim, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto. Seis mil receberão R$ 500, por 12 meses, nas três maiores cidades. Nos outros quatro municípios, mil famílias serão beneficiadas, com R$ 400 mensais. O valor total dos recursos para as sete cidades é de R$ 40,8 milhões por ano.

Segundo o secretário Rodrigo Neves, as famílias atingidas pelo temporal de janeiro terão acompanhamento permanente.

- A ação do Aluguel Social é inédita na forma como está sendo desenvolvida e deu agilidade a todo o processo. A parceria da Secretaria com o Ministério do Desenvolvimento Social, a Caixa e o Proderj vai permitir que as famílias recebam o auxílio no banco, como nunca ocorreu antes. Outra medida importante é que, com esse banco de dados, poderemos fazer o acompanhamento social permanente dessas famílias e integrá-las em programas habitacionais definitivos.

Duas mil famílias cadastradas nos abrigos receberão do Governo do Estado, com recursos do Fundo Estadual de Assistência Social, 2.000 kits com móveis, eletrodomésticos (TV, fogão e geladeira) e utensílios de cozinha. A ação se inicia na segunda quinzena deste mês.
Tragédia das chuvas
Um forte temporal atingiu a região serrana do Estado do Rio de Janeiro entre a noite de 11 de janeiro e a manhã do dia seguinte. Choveu em 24 horas o esperado para o mês inteiro e o resultado foi a maior tragédia climática registrada no país, segundo especialistas de várias áreas.
Deslizamentos de terra e enchentes mataram mais de 800 pessoas e deixaram mais de 400 desaparecidas. Cerca de 30 mil sobreviventes ficaram desalojados ou desabrigados. Escolas, ginásios esportivos e igrejas viraram abrigos. Hospitais ficaram cheios de feridos na primeira semana; estando a maioria já recuperada. Cerca de 15 dias depois da catástrofe, doenças como leptospirose (provocada pelo contato com a urina de rato) começaram a assolar a população. Autoridades então passaram a monitorar casos confirmados e pacientes suspeitos, além de educar o povo em relação à prevenção.

As cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim e Areal foram as mais afetadas e decretaram estado de calamidade pública. Serviços como água, luz e telefone foram interrompidos, estradas foram interditadas, pontes caíram e bairros ficaram isolados durante alguns dias.
As três esferas de governo se uniram para ajudar as vítimas e reconstruir as cidades. No dia 14 de janeiro, a presidente Dilma Rousseff liberou R$ 100 milhões para ações de socorro e assistência. Além disso, o governo federal anunciou a antecipação do Bolsa Família para os 20 mil inscritos no programa em Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis. No dia 27 do mesmo mês, a presidente esteve no Rio e anunciou a entrega de 8.000 casas para desabrigados.
A ajuda também veio através de doações. Pessoas de diversos estados e países se comoveram com a tragédia e enviaram principalmente dinheiro, roupas, alimentos, remédios, água e colchões. Em fevereiro, as maiores necessidades, de acordo com as prefeituras dos municípios afetados, são material de limpeza, material de higiene pessoal e material descartável (como copos e fraldas).
Os animais que perderam seus donos e conseguiram sobreviver não foram esquecidos pela corrente de solidariedade. Entidades de defesa dos animais e pet shops organizaram feira de adoções. Centenas de cães e gatos ganharam novos lares e há até fila de espera de pessoas interessadas em cuidar dos bichinhos.

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