Inventado por um garoto de 11 anos, o picolé segue imbatível no topo da lista de doces preferidos da garotada. E de muitos adultos também
Reportagem Raquel Temistocles | Fotos Rogério Voltan | Produção Cláudia PixuO suco espetado num talher agradou aos amigos do menino, mas Epperson não seguiu carreira como sorveteiro. Entrou para o ramo imobilário e só voltou a pensar no assunto em 1923, quando apresentou a receita numa festa. Foi uma sensação. Vendo o sucesso do invento, Epperson decidiu explorar seu potencial comercial. O geladinho foi batizado de “eppsicle”, um trocadilho com o sobrenome do seu criador e a palavra icicle (pingente de gelo). Posteriormente, o nome foi mudado por influência dos filhos de Epperson, que chamavam o picolé de “pop’s sicle” (gelinho do papai, numa tradução livre). Epperson patenteou o Popsicle em 1924. Um ano depois, no entanto, enfrentando dificuldades financeiras, acabou vendendo os direitos sobre o nome para uma companhia novaiorquina. Nesses 85 anos, a marca Popsicle mudou de dono outras vezes, mas continua a ser uma das mais populares no ramo, nos Estados Unidos e no Canadá.
Por aqui, o sorvete de massa – invenção chinesa com mais de 3 mil anos de história – era produzido de forma artesanal em cafés e confeitarias desde o século 19. Já o picolé só ganhou o mercado depois da instalação, em 1941, da primeira fábrica de sorvetes no país, a U.S. Harkson (que mais tarde mudaria seu nome para Kibon).
Naquela época, o refrigerador era um luxo para poucos, mas hoje todo mundo pode preparar picolés em casa – basta misturar suco de fruta, açúcar e leite ou água. Para acertar nas medidas, a chef Gabriela Martinoli, da Escola Wilma Kövesi de Cozinha, dá a dica: “Prepare um suco de fruta com bastante polpa, bem grosso, e mais doce do que você faria para tomar”. Algumas frutas, como banana e abacate, deixam o sorvete mais cremoso, assim como o creme de leite e o leite condensado, diz Gabriela. Você também pode acrescentar iogurte, como na receita que a chef criou para Casa e Comida. É só misturar os ingredientes, calcular cinco ou seis horas de congelamento e curtir a invenção do garoto Frank.
uhuuuuuuuuu!
ResponderExcluirnossa
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