Pesquisadores afirmam que segurar a porta para alguém passar não é somente uma atitude gentil
O estudo, publicado no periódico Psychological Science, combinou dois temas aparentemente não relacionados – o altruísmo e a motricidade. “Nossa percepção é de que, segurar a porta para que outras pessoas possam passar, por exemplo, além de ser um gesto que indica educação e boas maneiras, também mostra a representação mental do esforço físico do próximo”, disse David A. Rosenbaum, da Universidade Estadual da Pensilvânia.
“Pesquisas substanciais no campo da motricidade mostram que as pessoas podem calcular os esforços gastos por si e pelo próximo. Nós compreendemos que este conceito poderia ser estendido para um modelo de boas maneiras de esforço compartilhado”, disse ele.
Pacto implícito
O pesquisador e seus colegas analisaram vídeos nos quais pessoas se aproximavam e passavam por uma porta da universidade. “O resultado mais importante que obtivemos foi que, quando uma pessoa se aproximava da porta e, em seguida, outras duas chegavam, a primeira segurava a porta por mais tempo do que se houvesse somente uma pessoa aguardando para passar. O cálculo interno feito pela primeira pessoa era de que seu altruísmo beneficiaria mais pessoas, por isso ele deveria segurar a porta por mais tempo”, explicou Rosenbaum.
A equipe de pesquisa também relatou que as pessoas que percebiam que alguém estava segurando uma porta para que elas passassem aumentavam o ritmo da caminhada, ajudando a “cumprir com o pacto implícito” entre elas.
Rosenbaum complementou que o modelo de esforços compartilhados não deveria diminuir o apreço das boas maneiras. Ele explica: “essas pessoas provavelmente nunca mais vão se ver, mas, nesta interação transitória, elas reduzem os esforços mútuos. Apesar de pequeno, este gesto é edificante para a sociedade”.
(Tradução: Claudia Batista Arantes)
E o mais importante, "Gentileza, gera gentileza".
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