terça-feira, 26 de junho de 2012

Sindicância vai apurar bilhete que sugeriu cintada na educação de aluno

Professora enviou bilhete aos pais de aluno de escola de Sumaré (SP).
Documentação apresentada pela família e diretoria também será consultada.

Do G1 Campinas e Região


A Prefeitura de Sumaré (SP) abriu sindicância interna para apurar o caso da professora de português que sugeriu que pais de um aluno de 12 anos usassem ‘cintadas’ e ‘varadas’ como forma de educação. A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (26). O menino é estudante da Escola Municipal José de Anchieta e o setor jurídico da prefeitura será responsável pela investigação. Todos os envolvidos, como a família e a professora, serão ouvidos no processo. A sindicância tem prazo de 90 dias de duração, que pode ser prorrogado por mais três meses.
Somente após o fim dos trabalhos, será definido quais medidas serão tomadas em relação à professora. “O mínimo que esperamos é que ela seja afastada temporariamente”, afirma o comerciante André Luis Ferreira Lima, pai do garoto. A educadora não compareceu a escola nesta terça-feira e pediu o abono do dia de trabalho, de acordo com a diretoria. Ela ficará afastada por licença médica e poderá passar tratamento médico ou psicológico, de acordo com a prefeitura.

Durante uma reunião com a família do aluno na manhã de terça-feira, a direção da escola se comprometeu a elaborar um ofício sobre o caso e enviá-lo à Secretaria Municipal de Educação. A documentação será usada na sindicância.
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Entenda o caso
A professora de português enviou um bilhete em papel timbrado ao aluno no qual pede que os pais conversem com o filho, pois ele estaria tendo um comportamento inadequado em sala de aula.
Em observação escrita à mão, a educadora diz que, caso a conversa não resolvesse, a alternativa seria partir para a agressão. "Quer conversar com o seu filho? Se a conversa não resolver. Acho que umas cintada vai resolver (sic)", escreve a professora. O texto possui erros de concordância verbal e termina com outra sugestão. "Esqueça tudo o que esses psicólogos fajutos dizem e parta para as 'varadas'", completa o bilhete.

A denúncia e a cópia do documento foram enviadas para o VC no G1. De acordo com os pais, o menino, que está na 5ª série do ensino fundamental, tem dificuldade de aprendizado, diagnosticada há cerca de dois anos.
Pais que receberam bilhete de professora chegam em escola de Sumaré (Foto: Reprodução EPTV)
Pais que receberam bilhete de professora chegam em escola de Sumaré (Foto: Reprodução
Os professores de tempo em tempo deveriam passar por uma avaliação pscicológica, é estresse ,baixos salários e também a falta de respeito pela parte dos alunos e dos pais.Mas tudo isso não justifica enviar uma carta pedindo punição com agressões, até porque SURRA não resolve e sim LIMITES.

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