segunda-feira, 16 de junho de 2014

Pra mim, foi o que melhor aconteceu na copa 2014!

'Projeto é além do tempo', diz jovem que usou exoesqueleto em abertura


Foram 17 meses de trabalho para que o projeto Andar de Novo possa ser demonstrado na próxima quinta-feira (12), em São Paulo. A ideia do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis é ambiciosa, mas possível: fazer um paraplégico dar o chute inicial na partida de abertura da Copa do Mundo. Um exoesqueleto desenvolvido por cientistas brasileiros irá ajudar o paciente a se levantar e dar o chute.
Com os olhos de todo o planeta voltados para esse momento, o projeto afirma que finalizou sua fase de testes e anunciou que concluiu seus objetivos científicos, clínicos e tecnológicos de sua primeira fase. Isso significa que os resultados serão publicados em várias revistas científicas, nos próximos meses. As próximas fases do projeto devem aprimorar a parte tecnológica do traje.
O sucesso do Andar de Novo pode significar uma conquista imensa na pesquisa de interfaces cérebro-máquina - tecnologia que permite com que o cérebro controle máquinas por meio da captação e interpretação dos sinais elétricos dos neurônios.
         O neurocientista Miguel Nicolelis e o exoesqueleto de seu projetoReprodução/Facebook

Juliano Pinto, de 29 anos, que é paraplégico, deu um "chute simbólico" em uma bola de futebol na abertura da Copa do Mundo, na Arena Corinthians, utilizando o exoesqueleto, equipamento desenvolvido pela equipe do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis (Foto: Reginaldo Castro/Estadão Conteúdo)Juliano deu "chute simbólico"  com exoesqueleto de  Nicolelis (Foto: Reginaldo Castro/Estadão Conteúdo)
Na última quinta-feira (12), Juliano deu um “chute simbólico” na Brazuca, a bola do Mundial, vestindo o equipamento criado pelo projeto “Walk Again” ou “Andar de Novo”. Segundo os cientistas, a máquina transforma o pensamento em controles mecânicos, recuperando movimentos do corpo que foram paralisados por lesão medular.
Para Juliano, apesar do pouquíssimo tempo de exibição na TV, a importância do projeto não tem hora determinada, e sim um começo. “Creio que a cadeira é uma extensão do corpo daqueles que passam por essa deficiência. Para muitas pessoas, dar um passo é uma coisa natural e imperceptível.  Só quem carrega a cadeira sabe a importância de “sair desse corpo” e dar um simples chute, quanto mais andar. Esse projeto é além do tempo. É maravilhoso e sem preço”, diz.



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