segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Vítimas dos últimos arrastões no RJ lembram momentos de pânico.

Do RJTV

Depois da séries de arrastões que assustaram os cariocas nas últimas 24 horas, algumas das vítimas relembram os momentos de pânico sob a pressão dos criminosos.
“Eu nunca tinha visto isso. Já fui assaltado, levaram minha van, mas não houve isso. Hoje foi demais", desabafou o motorista de van Elias Ferreira, que teve o veículo queimado na manhã desta segunda-feira (22), em Irajá.
"Estava indo pra Central do Brasil. Quando cheguei aqui, vi umas cinco pessoas num carro. Eles estavam bem vestidos e pararam a van. Fui o primeiro carro e pararam aqueles dois outros. Deixei o carro ali. E, quando olhei pra trás o carro estava pegando fogo. Só deu tempo de sair e correr e o carro ficou pegando fogo", lembra ele.
'Pensei: acabou a minha vida', conta mecânico
Uma outra vítima do ataque de criminosos que incendiaram três veículos na manhã desta segunda-feira (22) no Trevos das Missões,em Irajá, no subúrbio do Rio, o mecânico Wagner Villas Boas, de 45 anos, foi confundido com um policial e chegou a ficar na mira de uma arma engatilhada antes de ver seu carro em chamas.
“Eles chegaram, cheios de fuzil, gritando: ‘perdeu! perdeu! Borel!' Um me mandou sair do carro, eu levantei, pedi a carteira de habilitação e eles acharam que eu era policial. Aí um foi para tacar fogo no banco do carro e o outro pegou a minha carteira e engatilhou a arma. Mas com o barulho do impacto do fogo, eles saíram correndo e eu também. Pensei: acabou a minha vida. Achei que eles iam colocar fogo no carro comigo e tudo”, lembra ele, que tinha acabado de deixar o filho, com quem passara o fim de semana, na escola e voltava para casa para ir trabalhar.
O sargento da aeronáutica que estava no veículo baleado fugiu do carro ainda em movimento ao ver a aproximação dos criminosos. "Numa situação dessas o ser humano sempre tem uma reação. Você vai ver que vai morrer e luta pela vida, né? Consegui sair na Linha Vermelha por dentro do mato. Voltei, atravessei pro outro lado da pista e eles dando tiro. Mas, graças a Deus, ficou tudo bem", lembra ele.

Infelizmente não podemos mais sair de casa. Estou em pânico com todo esse terrorismo imposto por esses criminosos.

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