Do RJTV
Depois da séries de arrastões que assustaram os cariocas nas últimas 24 horas, algumas das vítimas relembram os momentos de pânico sob a pressão dos criminosos.
“Eu nunca tinha visto isso. Já fui assaltado, levaram minha van, mas não houve isso. Hoje foi demais", desabafou o motorista de van Elias Ferreira, que teve o veículo queimado na manhã desta segunda-feira (22), em Irajá.
"Estava indo pra Central do Brasil. Quando cheguei aqui, vi umas cinco pessoas num carro. Eles estavam bem vestidos e pararam a van. Fui o primeiro carro e pararam aqueles dois outros. Deixei o carro ali. E, quando olhei pra trás o carro estava pegando fogo. Só deu tempo de sair e correr e o carro ficou pegando fogo", lembra ele.
'Pensei: acabou a minha vida', conta mecânico
Uma outra vítima do ataque de criminosos que incendiaram três veículos na manhã desta segunda-feira (22) no Trevos das Missões,em Irajá, no subúrbio do Rio, o mecânico Wagner Villas Boas, de 45 anos, foi confundido com um policial e chegou a ficar na mira de uma arma engatilhada antes de ver seu carro em chamas.
“Eles chegaram, cheios de fuzil, gritando: ‘perdeu! perdeu! Borel!' Um me mandou sair do carro, eu levantei, pedi a carteira de habilitação e eles acharam que eu era policial. Aí um foi para tacar fogo no banco do carro e o outro pegou a minha carteira e engatilhou a arma. Mas com o barulho do impacto do fogo, eles saíram correndo e eu também. Pensei: acabou a minha vida. Achei que eles iam colocar fogo no carro comigo e tudo”, lembra ele, que tinha acabado de deixar o filho, com quem passara o fim de semana, na escola e voltava para casa para ir trabalhar.
O sargento da aeronáutica que estava no veículo baleado fugiu do carro ainda em movimento ao ver a aproximação dos criminosos. "Numa situação dessas o ser humano sempre tem uma reação. Você vai ver que vai morrer e luta pela vida, né? Consegui sair na Linha Vermelha por dentro do mato. Voltei, atravessei pro outro lado da pista e eles dando tiro. Mas, graças a Deus, ficou tudo bem", lembra ele.
Infelizmente não podemos mais sair de casa. Estou em pânico com todo esse terrorismo imposto por esses criminosos.
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