quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

ENDOMETRIOSE

O que é Endometriose?

Endometriose é uma doença que acomete as mulheres em idade reprodutiva e que consiste na presença de endométrio em locais fora do útero. O endométrio é a camada interna do útero, que se renova mensalmente pela menstruação.
Quais os locais mais atingidos pela Endometriose?

Os locais mais atingidos pela endometriose são: ovários, fundo de saco de Douglas (atrás do útero), fundo de saco anterior (à frente do útero), ligamentos do útero, trompas, septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto), superfície do reto, bexiga, e parede da pelve.
Qual a importância dessa doença?

A endometriose afeta a vida das mulheres de várias formas. A vida conjugal, por exemplo, pode ser prejudicada pelas queixas de dor na relação sexual e pela ausência de gravidez, após um ano de atividade sexual sem o uso de métodos contraceptivos (camisinha, pílulas anticoncepcionais, DIU, diafragma, dentre outros). Por outro lado, problemas sociais e no trabalho costumam ocorrer pelas queixas constantes de cólica menstrual, dor no “pé da barriga” e nas costas.
A Endometriose é uma doença freqüente?

A endometriose é uma doença mais freqüente do que as pessoas imaginam. Estima-se que 15% das mulheres entre 15 e 45 anos de idade possuem essa doença. Esse percentual sobe para até 70% quando a mulher apresenta história de infertilidade ou dor pélvica.
Como a Endometriose aparece?

No momento da menstruação, parte do sangue eliminado passa pelas trompas e cai dentro da barriga. Esse sangue contém células que têm a capacidade de crescer em locais como o ovário. Quando o sistema imunológico responsável pela defesa do organismo não consegue eliminar essas células, a doença endometriose se estabelece.
É possível prevenir a Endometriose?

O estabelecimento da endometriose necessita da presença da menstruação. Assim, qualquer tratamento que consiga bloquear a menstruação por tempo prolongado, pode impedir ou dificultar o surgimento da doença. Existem alguns medicamentos hormonais que são normalmente usados para esse fim. Nas mulheres que já tenham o diagnóstico de endometriose é importante o conceito da prevenção secundária, ou seja, impedir ou dificultar o avanço da doença.
A Endometriose pode matar ou virar um câncer ?

Apesar da sua capacidade de infiltrar os tecidos e de estar presente em órgãos distantes (como o pulmão), a endometriose é considerada uma doença benigna e, portanto, não dá metástases e não leva ao óbito. A transformação maligna da endometriose é pouco frequente e praticamente não é vista na prática clínica. Por este motivo, raramente a endometriose é tratada (p.ex cirurgia) apenas pelo risco de virar câncer.

TRATAMENTO

Aspectos gerais do tratamento
Existe cura para a Endometriose?

A endometriose não é um câncer e não leva à morte. Porém, não se pode garantir a cura definitiva da doença mesmo com o tratamento adequado. A base do tratamento é cirúrgica (muitas vezes no próprio momento do diagnóstico, durante a videolaparoscopia) e pode ser complementada por medicações hormonais.

Atualmente, embora ainda não exista cura para a endometriose, a dor e os sintomas da doença podem ser bastante reduzidos. Há, ainda, certo consenso de que o pior a fazer é não fazer nada já que a doença pode ser evolutiva.
Quais as principais metas do tratamento?

As principais metas do tratamento são:


• Aliviar ou reduzir a dor
• Diminuir o tamanho dos implantes
• Reverter ou limitar a progressão da doença
• Preservar ou restaurar a fertilidade
• Evitar ou adiar a recorrência da doença
Quais as variáveis que interferem na escolha do tratamento?

O tratamento deve ser individualizado. Uma das principais variáveis na escolha do tratamento é a presença da infertilidade. Os tratamentos hormonais costumam ser eficazes no controle da dor, porém na mulher que deseja gestar os hormônios não ajudam (não aumentam a chance de gravidez). A idade da mulher é fundamental, pois sabemos que quanto maior a idade, menor a chance de gravidez. Mulheres acima de 37 anos não podem perder tempo e não devem adiar muito a laparoscopia ou a fertilização in vitro, dependendo de cada caso. Nos casos de dor que não respondem aos tratamentos hormonais, a cirurgia pode ser necessária, especialmente se envolver órgãos nobres como a bexiga, ureter, rins ou intestino.
Qual o tratamento indicado para as pacientes com formas leves
e graves que não pretendem engravidar?

O tratamento da endometriose, hoje, depende de uma avaliação cuidadosa de cada caso, e de um “bate-papo” sincero entre o médico e a paciente, que resolverão juntos o caminho a ser seguido.

O mais importante no tratamento da endometriose é o planejamento das ações terapêuticas que, por sua vez, deve estar em comum acordo com o planejamento da gravidez pelo casal.
Qual o tratamento recomendado para as pacientes com formas
leves e graves da doença e que desejam engravidar?

Nessas pacientes, o tratamento cirúrgico pode representar a única solução. Em casos muito graves, a gravidez só será possível, através de técnicas de reprodução assistida, como a inseminação artificial e a fertilização in vitro.
E como pode ser realizado o tratamento cirúrgico?

O tratamento cirúrgico pode ser feito através da laparoscopia (preferencialmente) ou da laparotomia. Os implantes da endometriose podem ser destruídos pela energia do laser, coagulação bipolar (cauterização) ou retirada com a tesoura.
A cirurgia é normalmente bem sucedida?

A maioria dos sucessos terapêuticos ocorre após uma primeira cirurgia bem planejada. Cirurgias repetidas podem ser necessárias, especialmente quando a primeira foi incompleta . Nestes casos o risco cirúrgico é mais elevado e o resultado pode ser prejudicado pela formação de aderências entre os órgãos.
A mulher precisa de acompanhamento após o tratamento clínico
e/ou cirúrgico?

Sim, a mulher deve permanecer em acompanhamento médico regular, pois mesmo após o tratamento pode ocorrer um retorno da endometriose.


Fonte: http://www.portaldaendometriose.com.br/con_trat.asp

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