domingo, 2 de outubro de 2011

Jovem que roubou ônibus no RJ será preso em clínica psiquiátrica, diz TJ

Ele saiu de festa na Zona Oeste e dirigiu até a Zona Sul, causando acidente.
TJ converteu prisão preventiva em prisão domiciliar em clínica.

Do G1 RJ
Ônibus avariado que foi roubado no Terminal Alvorada na manhã deste domingo (18) (Foto: Bernardo Tabak/G1)
Ônibus avariado que foi roubado no Terminal
Alvorada na manhã de domingo (18)
(Foto: Bernardo Tabak/G1)
A juíza Angélica dos Santos Costa, da 4ª Vara Criminal do Rio, aceitou o pedido da defesa do estudante preso em flagrante após sair de uma festa à fantasia e roubar um ônibus na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, na manhã do dia 19 de setembro. A juíza determinou a conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar em uma clínica psiquiátrica. Cabe recurso à decisão.
O estudante percorreu cerca de 20 km dirigindo o coletivo, foi perseguido por policiais e bateu em pelo menos sete carros. Ele foi parado apenas em Botafogo, na Zona Sul da cidade.

De acordo com o Tribunal de Justiça, O jovem responderá pela prática dos crimes de tentativa de homicídio, lesão corporal de natureza grave, lesão corporal, resistência à prisão e crime de dano na modalidade simples e qualificada. A defesa dele alegou que o autor está sob atendimento psiquiátrico desde setembro de 2010, e, por isso, pediu que ele fosse transferido para uma clínica onde pudesse dar continuidade ao tratamento.

Um idoso ficou ferido em um das batidas do ônibus. O homem, de 67 anos, permanece internado num hospital particular no Cosme Velho, na Zona Sul do Rio, em observação. De acordo com a unidade, ele passou por cirurgia e faz fisioterapia para se recuperar de uma lesão na coluna.
Já o Ministério Público solicitou a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva por considerar perigosa a concessão da liberdade provisória a ele, que é paciente psiquiátrico, e por haver indícios de uso abusivo de álcool ou substâncias de efeitos parecidos associados à administração de remédios controlados.

Na decisão, segundo o TJ, a magistrada explicou que não poderia conceder a liberdade a um indivíduo que “tem problemas mentais graves, potencialmente lesivos ao meio social e que se mostrou extremamente irresponsável”, mas que, no entanto, deveria ser levado em consideração que o sistema prisional não teria condições de oferecer o tratamento adequado ao jovem, e que seu encarceramento poderia colocar em risco a integridade dele e dos demais presos.

“Desse modo, entendo que melhor atende ao caso concreto a prisão domiciliar em clínica psiquiátrica, atendendo às circunstâncias dos fatos, condições pessoais do acusado, sem desconsiderar a gravidade do crime que a muitos atingiu, cuja responsabilidade será apurada durante o decorrer do processo”, destacou. Durante a prisão domiciliar, o estudante deverá utilizar tornozeleira eletrônica e ficará proibido de sair das dependências da clínica.

E a impunidade continua...enquanto o dinheiro falar mais alto que o caráter sempre irá existir jovens que acham que podem fazer de um tudo. êh lê lê.

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